sábado, 13 de julho de 2013

Fórmula 1 2013 - Análise de meia temporada

(Foto: Getty Images)
Lá se foi praticamente metade da temporada, que até então dá fortes sinais de um tetracampeonato de Sebastian Vettel e consequentemente da Red Bull Racing, também com a ajuda de Mark Webber, é claro.

O jovem tedesco fenômeno (juro que não é “puxa-saquismo”, mas seus feitos são notáveis principalmente pela sua idade) teve três vitórias, e além disso consegue fazer algo tão importante quanto vencer: ser constante. Por isso é líder isolado, e olha que foi obrigado a abandonar em Silverstone, quando estava rumo à mais uma vitória.


A Mercedes AMG bem aos poucos vem solucionando seu problema com o desgaste dos pneus traseiros, o que dificilmente será completamente neutralizado. Com as mudanças planejadas pela Pirelli, provavelmente as “Silver Arrows” vão melhorar seu desempenho, mas por enquanto não deve sonhar com mais do que mais alguma ou outra vitória. A curto prazo também podem ficar um pouco atrás, por causa de serem suspensos dos testes em Silverstone como punição pelo teste “secreto” com a Pirelli no circuito da Espanha.

Nico Rosberg venceu em Mônaco e em Silverstone, porém não tem a regularidade necessária para disputar um título. Quando não é o 1º, é no mínimo o 6º, na melhor das hipóteses. Enquanto Lewis Hamilton que tem o mesmo carro, e nenhuma vitória, já somou 15 pontos a mais que seu companheiro, pois chega em posições melhores com maior frequência. Porém, terminou o namoro recentemente, e o que não era para ter importância alguma para o esporte, no caso do campeão inglês nós sabemos que faz diferença. Lembrem-se de 2011, por exemplo. Espero que isso não seja problema novamente, e que o azar o deixe em paz para vencer pelo menos uma corrida neste ano.

(Foto: LAT)
Quem mais brilha na tão importante regularidade é, na minha opinião, Kimi Raikkonen. Várias vezes já elogiei seu ótimo retorno à Fórmula 1, e não vou me cansar disto tão cedo. Correndo pela Lotus desde o ano passado quando venceu em Abu Dhabi, o finlandês ficou em 3º no campeonato, e mantém a mesma posição na atual temporada na qual venceu na etapa de abertura no circuito de Melbourne, na Austrália. Foi muito bem com aquele E20, e está continuando o ótimo trabalho com o E21, evolução do modelo anterior.

No dia 28, teremos o GP da Hungria após uma pausa no campeonato. Teoricamente, lá os carros da Red Bull devem correr melhor. Certo, mas sobre a Lotus, eu acabei de dizer que o E21 é uma evolução do E20. O E20 deu trabalho para Hamilton, que venceu lá no ano passado pela McLaren. Raikkonen ficou em 2º por que teve dificuldade com o desgaste de pneus, e o carro da McLaren também era muito rápido (já o atual, vish). O E20 nas últimas voltas estava escorregando como se estivesse correndo sobre sabão. Porém, o E21 é o campeão em não desgastar excessivamente os compostos da Pirelli, além de ser um carro suficientemente rápido para ficar no meio da parte do Q3 do grid, e em ritmo de corrida para disputar uma vitória. Romain Grosjean também vem mostrando que melhorou muito, provocando bem menos acidentes e mantendo um ritmo constantemente veloz. Com isso, o meu palpite é de que em Hungaroring o duelo entre Red Bull e Lotus vai acontecer mais uma vez, como foi em Nürburgring. Claro, posso estar enganado.

(Foto: Getty Images)
Na Scuderia Ferrari, o F138 que começou como um ótimo carro, aos poucos, vai ficando para trás. Mas pelo menos na estratégia, acertam. Digo, acertam para Fernando Alonso, que vem tirando leite de pedra como sempre faz. Esquecendo das polêmicas e contradições que saem da boca dele, é um piloto muito habilidoso e completo.

Felipe Massa vem tendo um bom desempenho na medida do possível, e uma vez ou outra consegue largar na frente do espanhol. Só é um pouco azarado e às vezes prejudicado pela estratégia de corrida da equipe, sempre melhor para Alonso, é claro, afinal é a Ferrari. E por falar no azar de Massa e no desempenho do F138, há publicações italianas que dizem que o brasileiro assumiu a culpa do incidente no GP da Alemanha para não sujar a imagem de confiabilidade do carro. Felipe é daqueles funcionários que realmente vestem a camisa de onde trabalham, sem criticar a empresa (pelo contrário, normalmente elogia) e sempre a defende (em parte, até acho isso um defeito nele). Bom, supostamente teria ocorrido alguma pane elétrica, que provocou o comportamento estranho do carro naquela saída e por isso depois o motor apagou. Particularmente eu não ignoraria isso, pois veio da imprensa italiana, amante da Ferrari e que tiraria um mau piloto de lá se tivesse poder para isso.

Apesar dos problemas, acredito no poder de reação e da competência da equipe de Maranello. Por mim, estará na briga pelo título até o final, com Fernando Alonso.

(Foto: Getty Images)
Partindo para Woking, na McLaren a situação está um pouco menos pior do que estava no início do ano. Vitórias? Acho difícil neste ano, mas também não chega a ser impossível. O F2012 que era horrível no início do ano passado, disputou o campeonato até o fim. E o poder de reação da McLaren para desenvolver um carro, é tão grande quanto o da Ferrari. Jenson Button pouco animado vem fazendo seu bom trabalho, e Sergio Pérez bem aos poucos vem melhorando.

(Foto: Force India)
Enquanto a grande McLaren vai péssima, a Force India vai meio que tomando seu lugar, com os pilotos apresentando um ótimo desempenho. Começou bem e manteve o ritmo. Creio que posso dizer que vem sendo a melhor entre as equipes médias. A Scuderia Toro Rosso também vem crescendo. Seus pilotos estão melhorando, e o carro mais ainda. Essas duas equipes são as que vem fazendo os melhores trabalhos entre as médias nesta temporada.

(Foto: Getty Images)
(Foto: Getty Images)

Ao contrário do que foram no ano passado, Sauber e Williams vão só piorando. Antes, a Sauber teve pódios e chegou a poder sonhar com alguma vitória. Lamentavelmente, pior do que a equipe suíça, só o time de Grove que mal consegue tirar seus carros do Q1, andando junto com as nanicas. Isso depois de vencer no ano passado. O que vem sendo uma pena, porque gosto dessas duas equipes. Espero que melhorem futuramente.

(Foto: Getty Images)
Por falar em nanicas, para completar esta análise, Marussia e Caterham cresceram mais um pouquinho neste ano, e praticamente disputando seu próprio campeonato à parte, as duas vem realizando disputas até interessantes de se ver, mas só entre elas mesmas. Na minha opinião, os melhores lá de trás são Charles Pic da Caterham, e principalmente Jules Bianchi da Marussia.


Obs: como podem ver, tive problemas com o editor de postagem do Blogger nos dois últimos parágrafos. Ou a letra ficava assim, ou pequena demais. Sem meio termo.

Um abraço!
Paulo Vitor

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