sábado, 13 de setembro de 2014

Formula E 2014 / 2015 - ePrix de Pequim, China

(Foto: Reuters)
Galera, até que no final das contas, eu curti a Formula E! Tivemos uma corrida bem interessante, e diferente de outras categorias. Não só pelo óbvio, que é a eletricidade no lugar dos combustíveis, mas a questão da estratégia, entendem?

Cada F-E tem suas baterias cheias. Aliás, todo piloto tem dois carros, havendo uma troca deles no meio da prova, já que a bateria de apenas um não dá para uma corrida inteira, mas depois eu falo disso. Como eu ia dizendo, os carros tem uma certa carga, e os pilotos administram o quanto de energia usarão. Se ele usar muita energia no começo, terá menos velocidade no final do stint. É uma corrida que leva mais em consideração a inteligência do que a habilidade, que claro, também é importante.

Muito bem, no final da noite de ontem, tivemos sessões de treinos livres. Lucas di Grassi foi o mais rápido na primeira, e Bruno Senna na segunda, seguido pelo compatriota que havia liderado a sessão anterior. Na classificação, Nicolas Prost fez a pole position, e di Grassi ficou em 2º. Bruno sequer fez volta cronometrada, por problemas em seu carro, mas diga-se de passagem que o melhor tempo da etapa foi o dele, no 2º treino livre, superando o pole.

Se na classificação o Senna sobrinho teve foi azar, na corrida ele errou mesmo. Logo na primeira volta, foi mais longe do que deveria numa curva e quebrou uma suspensão, abandonando.

Outro brasileiro era Nelsinho Piquet. Vinha com os melhores tempos nos setores 1 e 2, mas falhou no 3, largando apenas em 10º. Durante a corrida, ele teve uma bela briga contra Oriol Servià, que era o 11º. Terminou em 9º, com o carro perdendo muito rendimento no final. Servià terminou em 7º, superando o 8º que foi Stéphane Sarrazin.

Prost manteve a liderança na largada, e ficou nessa posição até... até a última curva da última volta. É, teve confusão, das feias, mas já já eu chego lá. Primeiramente ele era seguido por di Grassi, mas na parada nos boxes para a troca de carros, o brasileiro perdeu sua posição para Nick Heidfeld, caindo para 3º. O filho de Alain conseguiu manter seu ritmo forte e constante, até que as baterias começaram a sofrer, e foi aí que Heidfeld veio se aproximando mais e mais. Quando na última dividida de freada no final da penúltima reta, o alemão colocou o carro lado a lado com o francês...


Horrível, né? Eu, morrendo de sono (sim, virei a noite), acordei nessa hora. Muito preocupado com Nick, por razões óbvias. Ele podia ter morrido ali, ou no mínimo ter se machucado bastante. Mas felizmente, não sofreu nada. Acho que o F-E tá aprovadíssimo no crash test, hein?

Prost estranhamente olha para o retrovisor direito três vezes, até dar aquela leve mudança de direção para a esquerda, que foi o bastante para quebrar uma suspensão do carro de Nick em alta velocidade, dessa forma perdendo o controle, começando a girar, passando por uma zebra que o catapultou e voando com tudo na barreira de pneus, girando no ar. Demorou um pouco, mas conseguiu sair do cockpit por conta própria e já foi logo tirar satisfações com Nicolas.

Sendo assim, a vitória caiu no colo de quem vinha em 3º, que era... Lucas di Grassi! Em 2º lugar ficou Franck Montagny, que fez uma excelente corrida, conquistando posições, sabendo administrar sua energia durante a maior parte da prova. E isso num circuito de curva que, fora as chicanes, só tinham curvas de 90 graus, ou literalmente esquinas.

Ah, sim, apesar de ser em um circuito de rua, em Pequim, até que tivemos bem mais disputas do que era de se esperar para esse tipo de pista. Ainda mais pelo traçado, que favorecia ainda menos os duelos. Completando o pódio, teríamos Daniel Abt, companheiro de equipe de Lucas, mas ele recebeu alguma punição, caindo para 10º, logo à frente de Jaime Alguersuari que foi 11 º. E o atual vice campeão da GP2, Sam Bird, herdou a posição.

(Foto: AP)
Em 4º veio outro ex Fórmula 1, que foi Charles Pic. Karun Chandhok fez uma corrida acima de suas expectativas, largando em 4º e terminando em 5º, quando esperava ter largado bem mais para trás. E Jérôme d'Ambrosio foi o 6º.

Além de Bruno, não se classificaram Jarno Trulli, que corre com sua própria equipe, e Sébastien Buemi, que perdeu um pedaço do carro, foi punido, e ele e a equipe viram que o melhor era abandonar. Prost e Heidfeld terminaram como 12º e 13º, respectivamente. Atrás deles, até os desclassificados, vieram na seguinte ordem: Katherine Legge, Michela Cerruti (as duas mulheres do grid), Ho-Pin Tung (que teve um sábado desastroso) e o nosso conhecido Takuma Sato, que só veio para essa etapa substituir António Félix da Costa.

Ah! Outras coisas interessantes, é que até que o som agrada. E outra coisa que achei bem legal, é uma votação dos fãs, para dar aos três pilotos mais votados o chamado "fan boost", que dá uma energia extra, uma vez durante 5 segundos. É tipo um push to pass. Eu não diria KERS, porque esses carros já usam algo parecido, mas que funciona constantemente, sem acionamento manual.


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Um abraço!

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