domingo, 22 de março de 2015

Fórmula 1 - E se?

O que está feito, está feito. Não há como mudar. Mas e se tivesse jeito?

Bem, se minha avó fosse homem, seria meu avô, como diria o Pádua. Mesmo que fosse possível viajar no tempo, alterar uma mosca de lugar poderia afetar muito mais coisas do que planejamos. Mas vamos supor que pudéssemos ter o controle de tudo? Ah, qual é?! Vai me dizer que nunca fez isso? Que atire a primeira chave de roda quem disser que não. Nos últimos dias, me peguei fazendo isso várias vezes.

Legal que algumas possibilidades entram em conflito ou, se somadas, podem criar cenários ainda mais interessantes.

Isso pode ser divertido (e/ou frustrante, vendo que aquilo não aconteceu). Vamos lá?

Vamos ao DeLorean de De Volta Para o Futuro!
E se Michael Schumacher passasse pela McLaren e fosse 9 vezes campeão?

Antes de ingressar na Ferrari em 1996, onde teve a maior ascensão em toda sua carreira até 2004, nosso queixudo já era um bicampeão pela Benetton. Ele passou os seus últimos anos na Fórmula 1 pós primeira aposentadoria, correndo pela Mercedes GP, que "coincidentemente" (uma forma de retribuição, ao meu ver) foi a montadora com a qual Schumi teve um vínculo antes mesmo de chegar à categoria máxima.

Em 2015 a McLaren voltou a usar os motores Honda, com quem teve uma parceria de sucesso no final dos anos 80 e início dos 90. Mas desde 1995 até o ano passado, a equipe de Woking foi impulsionada pela Mercedes-Benz. Eu não faço a menor ideia se essa possibilidade existiu, mas: e se por causa da montadora alemã, Schumacher tivesse ido correr para Ron Dennis?

Poderia ter sido tricampeão em 1998 e tetra em 1999. Poderia ainda continuar por lá em 2000, ou mudar para a Ferrari e, se possível também desta forma (lembrem-se: controle de tudo) montar o seu dream team avassalador (dig din dig din dig din... ok, se você entendeu, vou ali me matar). Considerando essas possibilidades, de um jeito ou de outro ele teria carro para lutar pelo penta. E aí em 2001, ficaria mesmo em Maranello.

Já é um gigante, mas dava para ser colossal, titânico.
 E se Ayrton Senna tivesse sobrevivido e fosse pentacampeão ou hexacampeão?

Há quem afirme, com toda certeza do mundo, que Senna tinha um pré contrato com a Ferrari (alguém já viu esse pedaço de papel?), e que este poderia ser válido a partir de 1996. Os mais entusiasmados dizem que lá, ele conquistaria mais títulos. É... não, gente. Não.

A Ferrari tinha lá toda a sua magia (ou chamem lá do que quiser) desde sempre, mas era uma carroça. Quem fez dela aquela máquina, foi uma peça fundamental desta. Uma peça que fica entre o banco e o volante, sabem? Acabei de falar dela. Foi Michael quem levou gente capacitada para reerguer a Scuderia. Pode ser que os italianos dessem outro jeito?

Pode, claro. Por que não? Afinal, se eu já estou falando até de Senna vivo, podemos considerar todas as possibilidades. É uma brincadeira, oras.

Bem, supondo que Senna resolvesse ficar na Williams mesmo. Talvez, só talvez, ele seria tetracampeão em 1994. Pois se até o Damon Hill (sem querer fazer pouco caso do cara) disputou até o fim com Schumi, seu companheiro poderia fazer o mesmo. Já em 1995, não teria outra opção: Schumacher campeão. Mas em 1996 e 1997 o time de Grove fez carros excelentes que renderam o caneco para Hill e Jacques Villeneuve. Muito provavelmente, Senna conseguira fazer o mesmo no lugar deles.

Depois disso, ele poderia curtir a magia do cavalinho que não seria o mesmo, se arrastando até 1999 ou 2000. A partir daí, já estaria velho para a Fórmula 1 e se aposentaria.

Quem não queria ter visto essa cena de Senna terminar assim?

E se Rubens Barrichello tivesse sido campeão?

Tudo bem que a Ferrari pisou bastante no Rubinho (vide Áustria 2002, cavalete suspendendo o carro e por aí vai), mas só isso não justifica cinco títulos perdidos para Schumacher, que naturalmente tinha sim uma preferência dentro da equipe.

Tivesse Barrica dito "Ma che cazzo?" e se mandado de Maranello para... sei lá, Williams. Ele teve essa oportunidade, e salvo engano já pôde ir para a McLaren também. Ambas ali no início dos anos 2000 (reza a lenda que a McLaren voltou com a proposta no final de 2009, mas ele já havia assinado com a Williams). De um jeito ou de outro, poderia ter um carro competitivo para competir pelo título em condições mais justas. E competência também.

Se tivesse acontecido - bem - mais cedo...

E se Lewis Hamilton já estivesse na busca pelo pentacampeonato?

Nosso atual bicampeão estreou em 2007 já no topo da tabela, e se não tivesse uma pedra no sapato chamada Fernando Alonso (ou melhor, o estreante foi o pé no saco do espanhol), poderia ter sido campeão naquela ano sobre Kimi Raikkonen que, sem lhe tirar o mérito, comeu pelas beiradas enquanto Lewis e Alonso brigavam entre si.

Lewis repetiria a dose em 2008 e, em 2012, como disse Alonso na ocasião "se a McLaren não quebrasse tanto, Lewis já teria varrido esse título pra baixo do seu tapete". Naquele ano o carro era um canhão mesmo, mas quebrava a toa. Engraçado que depois de 2007 esses dois vivem puxando o saco um do outro, né?

Sendo assim, ele seria hoje um tetracampeão na busca do número de Juan Manual Fangio.

"Rumo ao penta!"
E se Fernando Alonso fosse heptacampeão? Ou nem tanto, mas mais que bi, pelo menos.

E se antes de jogar a merda no ventilador na McLaren, esse pau no c* porém competentíssimo piloto tivesse saído da McLaren com o caneco do tricampeonato? A Renault não era a única opção...

Outro time que chamou o espanhol, foi... a Red Bull! Que na época não tinha lá muitas asas, mas a partir de 2009 cresceu cada vez mais até 2013. Ok, de repente ele dividiria uns títulos com Sebastian Vettel, mas mais do que bicampeão, ele poderia ser.

"E pensar que poderia ter sido meu..."

E se Felipe Massa fosse campeão?

Em algum universo paralelo, Timo Glock não teria deixado Lewis Hamilton passar, e Felipe Massa teria sido campeão por mais do que 20 segundos.

Com isso, a Scuderia teria seu campeão, que talvez não estivesse na fração de tempo e espaço errada em 2009, não se acidentando quase fatalmente. Não penso que hoje aquilo signifique alguma perda para o brasileiro, mas só de ser campeão, ele teria mais confiança e apoio do time, podendo ainda disputar, no mínimo, o título de 2010. Ainda mais se considerarmos a possibilidade anterior, de Alonso fora da equipe.

HUE HUE BR BR É CAMPEÃO, P*RRA!
Tudo isso poderia ter sido legal. Mas por quê não aproveitar a história do automobilismo como ela realmente aconteceu, ao invés de ficar querendo trocá-la por outra? Provavelmente se a realidade fosse tudo o que eu disse, nesta, imaginaríamos como seriam as coisas como realmente foram (ficou meio confuso, mas vocês entenderam). Estaríamos "jogando fora", por exemplo, Jacques Villeneuve. É divertido pensar nessas coisas de vez em quando, mas vamos nos limitar ao campo da fantasia e não nos empolgar muito nele.


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Um abraço!
Paulo Vitor

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