domingo, 29 de maio de 2016

Fórmula 1 2016 - GP de Mônaco - Corrida


Finalmente, Lewis Hamilton demonstra reação vencendo o GP de Mônaco! O pole position Daniel Ricciardo, da Red Bull, chegou num amargo 2º lugar, e quem voltou ao pódio para completá-lo, foi Sergio Pérez, da Force India.


Vimos um vencedor redimido, um 2º colocado emburrado, e com razão, e um 3º todo pimpão, como nesses circunstâncias, tem que ficar mesmo. E teve Justin Bieber se metendo onde não deveria. Dentro do cercadinho do qual nem os membros da equipe passam. Só quem vai receber o troféu pela equipe vencedora, os organizadores e olhe lá. Não sei se queria um degrau de 4º lugar, talvez. Vai entender, né?


O inglês não era o primeiro a ver a bandeira quadriculada desde o dia 25 de outubro, quando venceu o GP dos Estados Unidos do ano passado. Ou seja, foi um jejum de 7 meses e, nesse tempo, quem ele mais viu ganhar foi seu companheiro na Mercedes, Nico Rosberg, atual líder do campeonato que hoje terminou com um modesto 7º lugar.

A corrida começou chuvosa e com safety car nas primeiras voltas, com todos usando o pneu de chuva mais pesada. Logo, alguns começaram a se arriscar com os intermediários. Menos Ricciardo e Hamilton, até que o australiano decidiu fazer o mesmo que os outros.

Ainda com os pneus de chuva pesada, Rosberg teve algum problema breve e Hamilton aproveitou a brecha para ultrapassá-lo na pista, e já que não estava bem, o líder do campeonato já fez a sua parada. O que talvez até explique o mau resultado do alemão.

Hora das Flechas Prateadas arriscarem. Hamilton prosseguiu na pista que, com o sol dando as caras, começou a secar ainda mais rápido. Enrolando o máximo que podia, o inglês finalmente fez a sua parada, colocando os pneus ultra-macios, visto que o pessoal lá de trás já estava fazendo isso, e que dava certo.

Pouco depois, quando Ricciardo foi fazer a sua parada, a Red Bull se atrapalhou com os pneus, fazendo-o perder muito, muito tempo. O australiano voltou para a pista com os compostos super-macios, e juntinho com Hamilton. Só que o inglês vinha mais rápido e com isso, conseguiu tomar a ponta.

Ainda era meio cedo para dizer, mas agora sabemos que, com certeza, foi ali que a vitória caiu no colo do piloto da Mercedes. Mas sem tirar sua dose de mérito, pois fez seu trabalho direitinho e a equipe ousou na estratégia.


O rubro-taurino veio até babando colado na sua traseira, doido para ultrapassá-lo. A melhor chance que teve, foi quando o líder cortou um pedaço da chicane aposta a saída do túnel e, perdendo um pouco de ritmo, viu Ricciardo tentando ultrapassá-lo. Hamilton fechou a porta de uma forma perigosa e o australiano demonstrou muita habilidade ao impedir um acidente. Mas essa agressividade é até compreensível. Afinal, são pilotos, são competitivos e o inglês estava em seu direito de fazer um movimento de defesa. O que ficou feio foi ele praticamente ter jogado o carro em cima de Ricciardo, e não fechado a porta. Não deu em nada, mas pelo menos foi investigado.

Depois disso, o piloto da Red Bull preferiu abrir um certo espaço. Pois embora estivesse visivelmente mais rápido mesmo com um jogo de pneus menos aderente, se ficasse na traseira do W07 Hybrid o tempo todo, seus compostos se desgastariam ainda mais rapidamente. E assim seguiram até o fim, roubando o sorriso de Ricciardo, que foi até estranho de se ver tão sério no pódio.

Tudo o que Helmut Marko pôde fazer, foi pedir desculpas para Ricciardo por cagar no pau dele, dizer que foi um erro humano e que vão apurar isso.

Aliás, pior ainda para os austríacos, é que após largar dos boxes, bater na quinta e bater no sábado, Max Verstappen bateu hoje também. E teve aquela batida feia dele no ano passado, ainda na Toro Rosso, depois da qual muitos o condenaram. É talentoso, mas ainda tem muito para se desenvolver e amadurecer, e é melhor que não tente fazer todo esse processo nas ruas do principado.


O 3º colocado foi uma surpresa bem agradável, pois é legal ver uma equipe intermediária completando o pódio. Largando em 8º, Pérez fez uma estratégia de uma parada só, mas que seria mais garantida de ir até o final da prova do que os outros que optaram pelos Pirelli mais macios. O mexicano foi de macio. Só que quem fez o mesmo, foi Sebastian Vettel. O piloto da Force India teve que segurar a Ferrari ali atrás nas últimas voltas, e acabou levando a melhor. Decepcionado com seu próprio resultado, Vettel pediu desculpas à equipe. Companheiro de Pérez, Nico Hulkenberg, largou em 5º e terminou em 6º. Perdeu uma posição, só. Mas pelo menos pontuou.

O alemão da Scuderia terminou na mesma posição em que começou, mas pelo menos terminou. Já Kimi Raikkonen bateu na Loews (quase levando Massa e Grosjean juntos), quebrando sua asa dianteira. O finalndês até tentou levar o carro aos boxes, mas acabou abandonando logo ao sair do túnel, na área de escape, pois seu SF16-H estava numa situação complicada de ser dirigido.


Quem também fez uma boa corrida foi Fernando Alonso. O espanhol da McLaren-Honda largou em 10º e terminou num ótimo 5º lugar. Chassi os ingleses tem, o motor japonês já não é tão ruim, e tem aquela componente dentro do cockpit, que em Mônaco faz muita diferença. O mesmo pode se dizer do seu companheiro Jenson Button, que foi de 13º para 9º, também pontuando para a escuderia de Woking. Um bom final de semana para os 50 anos da McLaren na Fórmula 1.


Carlos Sainz Jr. da Toro Rosso foi o 8º, perdendo uma posição. Mas pelo menos terminou a corrida, ao contrário de seu companheiro de equipe, Daniil Kvyat. O russo, desesperado em mostrar serviço, bateu em Kevin Magnussen, que logo abandonou também. A Renault, aliás, já estava fora com Jolyon Palmer, que bateu logo que o safety car saiu da pista lá no início da prova. Cuidado, Kvyat, que o próximo rebaixamento é para a GP2 Series. E o russo vinha tendo problemas com o carro desde a primeira volta.

Atualização: FIA pune Kvyat, que perderá 3 posições no grid do GP do Canadá.


O último pontinho do dia, ficou para Felipe Massa, que superou seu companheiro Valtteri Bottas - que havia largado em 10º -, deixando-o fora da zona de pontuação. O saldo foi até positivo, visto que o brasileiro largou em 14º e o FW38 não se deu bem nessa pista. Os dois fizeram o que podiam e deram até sorte de terminar, considerando os incidentes da prova. Mas infelizmente não deu pra Williams pontuar mais.


Pior para a Haas, que até teve seus dois carros cruzando a linha de chegada, mas com nenhum na zona de pontuação. Dessa vez, Esteban Gutiérrez chegou à frente de Romain Grosjean. Foram 12º e 13º, respectivamente. Terminando só na frente da Manor, que viu muitas bandeiras azuis. Principalmente Pascal Wehrlein, que chegou a desobedecer uma e ultrapassar a velocidade permitida em uma das vezes que o safety car virtual foi acionado. Por isso, mesmo com os comissários ali em cima, terminou à frente de seu companheiro, Rio Haryanto.

E agora, a treta da prova, motivo de um duplo abandono, na mesma equipe. Sim, é da Sauber mesmo que eu estou falando.


Felipe Nasr vinha na frente, Marcus Ericsson atrás. Estavam atrás de um pequeno pelotão, até que o brasileiro recebeu de seu engenheiro a ordem de deixar o companheiro passar na curva 1. Ele negou, e o sueco reclamou. Novamente, outra ordem para Nasr, agora da chefia. Era para Ericsson passar na última curva, então. Porém, logo que o brasileiro deu uma leve brecha na penúltima curva, o sueco já foi enfiando o carro e os dois bateram. No mesmo lugar que Kvyat e Magnussen, diga-se de passagem. Até tentaram continuar a corrida, mas a curto prazo, isso causou o abandono dos carros da Sauber.

No motorhome, houve reunião ainda durante a prova. Para início de conversa, Nasr fazia a corrida dele. Não havia razão, e nem era hora e lugar para se deixar passar. O sueco foi o culpado. Mas achei bacana que o próprio Ericsson assumiu a culpa. Ele foi punido e perderá 3 posições no grid da próxima etapa, o GP do Canadá.

Vivemos reclamando do GP de Mônaco, mas esse não ficou devendo em nada. Melhor do que muitas provas em circuito sem ser de rua. E foi assim não só na Fórmula 1, como nas corridas da GP2, tanto na corrida 1 quanto na corrida 2.





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Um abraço!

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